domingo, 27 de março de 2011

Trupe chá de boldo - Bárbaro - Clipe oficial feito no Belas Artes

    










sábado, 26 de março de 2011

Você sabe como o Belas está hoje?


Fachada ainda protegida pelo Conpresp
Faixas persistem na "vitrine"
Ricardo, feliz e triste ao conseguir a última lembrança do cinema
Na Rua da Consolação nº 2423


Pedestres passam e lêem as faixas
Flavio Maluf diz que não vai alugar o prédio até a decisão do tombamento
Hall do cinema
Você lembra como era aqui em cima...
com os cartazes...?





Últimos cartazes recolhidos vão para o lixo

Últimos retoques para a devolução do prédio no dia 25 de Março

sábado, 19 de março de 2011

Lei de proteção ao patrimônio imaterial de 2007

Lei 14406/07 | Lei nº 14406 de 21 de maio de 2007 de São Paulo

INSTITUI O PROGRAMA PERMANENTE DE PROTEÇÃO E CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.
(Projeto de Lei nº 90/07, do Vereador Chico Macena - PT)
GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 8 de maio de 2007, decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1º Fica instituído o Programa Permanente de Proteção e Conservação do Patrimônio Imaterial do Município de São Paulo, com as seguintes finalidades:
I - conhecer, identificar, inventariar e registrar as expressões culturais da Cidade como bens do Patrimônio de Natureza Imaterial;
II - apoiar e fomentar os Bens do Patrimônio de Natureza Imaterial registrados, criando condições para a transmissão dos conhecimentos a eles relacionados no âmbito do Município;
III - criar incentivos para a promoção de uma rede de parceiros que possam contribuir para a realização dos objetivos do Programa;
IV - apoiar e fomentar a salvaguarda, o tratamento e o acesso aos acervos documentais e etnográficos, franqueando, quando possível, sua consulta a quantos dela necessitem;
V - apoiar a realização de estudos e pesquisas relacionados ao tema do Patrimônio de Natureza Imaterial;
VI - desenvolver programas de educação patrimonial visando a valorização e difusão do Patrimônio de Natureza Imaterial.
Art. 2º O Patrimônio de Natureza Imaterial do Município é constituído por bens de natureza imaterial tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade, de acordo com o art. 216 da Constituição Federal, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas.
Art. 3º Fica instituído o Registro dos Bens do Patrimônio de Natureza Imaterial.
§ 1º O registro far-se-á em um dos seguintes livros:
I - Livro de Registro dos Saberes, no qual serão inscritos conhecimentos e modos de fazer, enraizados no cotidiano das comunidades;
II - Livro de Registro das Celebrações, no qual serão inscritos rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, o entretenimento e outras práticas da vida social da cidade;
III - Livro de Registro das Formas de Expressão, no qual serão inscritas manifestações literárias, musicais, artísticas, cênicas e lúdicas;
IV - Livro de Registro de Sítios e Espaços, no qual serão concentrados e reproduzidas as práticas culturais coletivas.
§ 2º O registro terá sempre como referência a continuidade histórica do bem imaterial e sua relevância para a memória, a identidade e a formação da cultura da Cidade.
Art. 4º Aos registros efetivados pela Administração Municipal será concedido o Título de Bem do Patrimônio de Natureza Imaterial da Cidade de São Paulo.
Art. 5º São partes legítimas para provocar a instauração do processo de registro:
I - a Administração Municipal, por seus órgãos e colegiados;
II - as associações civis regularmente constituídas;
III - a população por subscrição mínima de 10.000 (dez mil) signatários.
Art. 6º Os Bens Patrimoniais de Natureza Imaterial inscritos serão reexaminados e relacionados em rol próprio a cada 10 (dez) anos.
Parágrafo Único - Negada a revalidação, será mantido o registro como referência cultural de seu tempo.
Art. 7º As propostas para registro, acompanhadas de sua documentação técnica, serão dirigidas ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - CONPRESP, para deliberação.
Parágrafo Único - A inscrição da proposta para registro constará de descrição pormenorizada do bem imaterial a ser registrado, acompanhada da documentação correspondente, e deverá mencionar todos os elementos que lhe sejam culturalmente relevantes.
Art. 8º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 21 de maio de 2007, 454º da fundação de São Paulo.
GILBERTO KASSAB, PREFEITO
Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 21 de maio de 2007.
CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal
DATA DE PUBLICAÇÃO: 22/05/2007.

sexta-feira, 18 de março de 2011

EU NÃO FECHO

Contra o fechamento do Cine Belas Artes

Belas Artes e sua história

Inaugurado Cine Belas Artes em Julho de 67

Belas com a Sociedade Amigos da Cinemateca
Polêmica para saber o primeiro filme a ser exibido

Gaumont Belas Artes

O Belas foi patrocinado pelo banco HSBC por quase 8 anos

Desde março de 2010, sem patrocinador, surte eminente fechamento

Cinéfilos, estudantes e paulistanos fazem protesto contra o fechamento do cinema

No dia 17 de março de 2011, o Cine Belas Artes fecha suas cortinas

A última sessão do Belas Artes - Luiz Zanin - Estadão

Pronto, acabou. Fui lá, ao Belas Artes, acompanhar o encerramento do cinema. Estava cheio como nunca. Televisões, repórteres, velhos e novos frequentadores. Sobretudo jovens. Mas os velhotes, os do tempo do Riviera, estavam lá. Foi uma confraternização, que oscilava com o clima de velório. Havia coisas engraçadas, como um bonequinho de vudu, representando o proprietário do imóvel. As pessoas eram convidadas a espetar umas agulhinhas nele.
Encontrei gente que não via há muitos anos. Rimos e brincamos, com uma certa melancolia. Dei um abraço no André Sturm, o dono do cinema, e cumprimentei-o pela luta. Na hora, esqueci de dizer a ele que é sempre melhor cair lutando do que entregar os pontos. Aliás, o André fez uma coisa legal. Antes de cada sessão, entrava na sala, falava um pouco do cinema, sem qualquer pieguice, e agradecia às pessoas por estarem lá dando uma força. E curtindo uma última sessão como despedida do velho cinema.
Fui lá só para dar o tal abraço no André e sentir o clima. Mas não resisti e acabei entrando numa das sessões para ver um filme. Escolhi O Joelho de Claire, um Rohmer delicioso. No final, a plateia aplaudiu. Notei que as palmas não eram tanto para o filme, mas para o cinema que o exibia. Na saída, ainda encontrei alguns amigos, que deixavam a sessão da sala ao lado – era O Leopardo, de Luchino Visconti.
Fui embora, sem olhar para trás. Despedidas me incomodam um pouco, em especial quando se prolongam demais.
Guardei o ticket da última sessão. Sala Aleijadinho, 21h32, O Joelho de Claire. A última sessão de cinema, como no filme do Peter Bogdanovich. Vou guardar o ingresso na carteira, como lembrança. Se, por acaso, o tombamento do cinema vingar e ele voltar à ativa, pego o ticket, faço uma bolinha de papel e jogo fora.
Com a maior alegria.

O Belas não fecha hoje, só um prédio na consolação...

O Belas Artes não vai morrer hoje!

ANDRÉ STURM


É um local não apenas com um passado importante mas com um presente vivo e pulsante. Por isso decidimos manter o cinema aberto até o limite



Em algum momento dos anos 70, quando eu era bem novo, meus pais me levaram a um cinema para assistir a um filme diferente, no qual quase ninguém falava.
Foi a primeira vez que fui ao Belas Artes e o filme era o magnífico "Meu Tio". Nos anos 80, foi lá que virei cinéfilo, assistindo ao melhor do cinema mundial.
Em 1984, comecei a participar do Cineclube da GV. A partir daí, minha vida sempre esteve ligada aos filmes. Participei da criação dos cineclubes Oscarito e Veneza, da restauração do Vitrine, da implantação da Sala Cinemateca. Mas meu sonho sempre foi o Belas Artes.
A oportunidade surgiu no final de 2002, quando soube que o cinema fecharia suas portas. Procurei o dono e propus uma parceria.
Ele pensava em sair da atividade, mas me deu tempo para conseguir parceiros. Foi quando meus amigos Andréa Barata Ribeiro, Fernando Meirelles e Paulo Morelli entraram na aventura e conseguiram trazer um importante patrocínio para fazermos as reformas necessárias.
Nesses oito anos, foram muitas histórias divertidas e emocionantes. E a alegria de ver o antigo cinema vivo e ativo. O "Noitão" virou um hit, com suas sessões lotadas varando a madrugada. Tivemos o cineclube e os filmes em cartaz por muito tempo.
Em março passado, nosso patrocinador avisou que não renovaria o contrato. Em maio, anunciei à imprensa a necessidade de um patrocínio, pois as contas não fechavam.
Começaram então as manifestações de apoio. Na imprensa, na internet, no cinema, pessoas querendo ajudar.
Uma fã criou um blog que em poucos dias tinha mais de mil pessoas inscritas.
O La Casserole liderou junto a outros excelentes restaurantes da cidade a campanha "Tudo pode dar certo". Um grupo de frequentadores e alguns funcionários criaram um abaixo-assinado.
Numa tarde, tomando café com uma amiga, notei uma senhora que convidava as pessoas a assinar. Então ela se virou para nós e perguntou, muito severa: "Jovens, vocês já assinaram?". Fiquei sem graça de dizer quem eu era e de perguntar o nome dela, mas fica aqui meu muito obrigado a essa senhora e a todos os que colocaram seus nomes no abaixo-assinado.
Em dezembro, quando finalmente tudo estava acertado com o novo patrocinador, fui informado pelo proprietário de que ele queria o imóvel de volta. Foi duro, depois de tanto esforço com o novo patrocínio, ver tudo perdido. E imaginar o Belas Artes fechado.
No início de janeiro, tive um dos dias mais tristes da vida quando comuniquei aos funcionários que o cinema fecharia. Decidi fazer naquele mês uma celebração do "espírito" Belas Artes, e não um funeral.
No dia 6, a Folha fez a primeira matéria sobre o fechamento. Foi um "tsunami". Toda a mídia passou a falar do assunto. Foi o tema mais citado no Twitter por dois dias. Houve passeatas e mais abaixo-assinados, além de uma mobilização popular como eu nunca havia visto por um tema cultural.
Em poucos dias, vimos o seguinte cenário: o prefeito, vereadores, entidades, pessoas e empresas ligando para saber como ajudar, o Compresp votando estudo para o tombamento do imóvel onde o cinema está e mais de 70 mil pessoas no Facebook em defesa do cinema.
Eu sabia que o Belas Artes era querido, mas esse apoio foi muito além do que eu poderia imaginar.
É um local não apenas com um passado importante mas com um presente vivo e pulsante. Por isso decidimos manter o cinema aberto até o limite, na data de hoje.
Teremos as últimas sessões nesta noite. Esperamos todos os amigos e apoiadores. Gostaria de agradecer a todos que tanto ajudaram. Fecharemos as portas, mas não o cinema.
Se o tombamento for aprovado e o proprietário nos procurar, reabriremos o cinema em seu endereço tradicional. Se não, o Belas Artes renascerá em outro endereço para os amantes do bom cinema. O Belas Artes não morre hoje!

ANDRÉ STURM é cineasta e diretor do Cine Belas Artes

terça-feira, 15 de março de 2011

Belas Artes, e a hora de fechar as cortinas....

   
 Olá, BELAS ARTES

apresenta
A Última Sessão do Cinema
Depois de um ano de funcionamento sem patrocínio, uma longa luta que culminou com o pedido de desocupação do imóvel por parte do proprietário, o Belas Artes, um dos cinemas mais antigos e tradicionais não só da cidade de São Paulo, mas do Brasil, anuncia para esta quinta-feira (17/03) o encerramento de suas atividades no célebre endereço que o abrigou por 68 anos: a esquina da rua da Consolação com a avenida Paulista.
Mas esse triste fato não significa o fim definitivo do Belas Artes. A sua proposta de difundir o que há de melhor na cinematografia mundial, ofício acompanhado apaixonadamente por cinéfilos de tantas gerações, não deixará de existir, mesmo que para isso seja necessária uma mudança de endereço. É o que promete André Sturm, sócio-proprietário e programador oficial do cinema,
Por enquanto, Sturm se preocupou em deixar como lembrança para esses cinéfilos uma "ultima sessão de cinema", com seis clássicos exibidos simultaneamente, um em cada sala, no último dia. Dessa maneira podemos dizer que o Belas Artes teve as suas cortinas encerradas de fato não por nenhum simples mortal, mas sim por Rodolfo Valentino, em O Águia; Marlon Brando em Queimada; Luchino Visconti com O Leopardo, Eric Rohomer com O Joelho de Claire; Federico Fellini com A Doce Vida; e os Irmãos Marx em No Tempo do Onça.
Negando-se a dizer adeus, o Belas Artes acena "até a próxima sessão"!

Programação:
Quinta-feira, 17 de março
Sala 1/Villa-Lobos: A Doce VidaHorário: 21h
Sala 2/Candido Portinari: No Tempo do OnçaHorário: 21h30
Sala 3/Oscar Niemeyer: O LeopardoHorário: 20h30
Sala 4/Aleijadinho: O Joelho de ClaireHorário: 21h30
Sala 5/Carmen Miranda: O ÁguiaHorário: 21h20
Sala 6/Mario de Andrade: QueimadaHorário: 20h20

 
 
 
 
   
 
A DOCE VIDA(La Dolce Vita)
Direção:
Federico Fellini
Elenco:
Marcello Mastroianni, Anita Ekberg e Anouk Aimée.

Roma, início dos anos 60. O jornalista Marcello vive entre as celebridades, ricos e fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto. Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, freqüenta festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido para a vida.
 NO TEMPO DO ONÇA(Go West)
EUA, 1940, p/b, 80 min., livre.
Direção:
Charles Riesner
Elenco:
Groucho, Chico, Harpo. Marx Bros. e John Carroll.

 Nesta louca comédia os irmãos Marx vão para o Oeste, um lugar onde o sol sempre brilha, a diversão nunca tem fim e onde eles passam a perna em um ladrão de terras.
 
   
 
O LEOPARDO(Il Gattopardo)
Itália, 1963, cor, 205 min., 14 anos.
Direção:
Luchino Visconti
Elenco:
Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.

Sicília, durante o período do "Risorgimento", o conturbado processo de unificação italiana, o príncipe Don Fabrizio Salina testemunha a decadência da nobreza e a ascensão da burguesia, lutando para manter seus valores em meio a fortes contradições políticas.
  
O JOELHO DE CLAIRE(Le Genou de Claire)
França, 1970, cor, 105 min., 14 anos.
Direção:
Eric Rohmer
Elenco:
Jean-Claude Brialy, Aurora Cornu e Béatrice Romand.

Um diplomata passa as últimas férias de solteiro às margens do lago Annecy. Lá ele reencontra uma amiga que alugou um quarto na casa de uma senhora e suas duas filhas, Laura e Claire. Logo a amiga avisa que Laura está interessada nele, incentivando-o a ter um último namoro antes do casamento. Mas o diplomata está mais interessado em Claire, tendo um desejo obsessivo de acariciar seu joelho.
  
 
 
   
 
O ÁGUIA





(The Eagle)
EUA, 1925, p/b, 70 min., livre - mudo.
Direção:
Clarence Brown
Elenco:
Rodolfo Valentino, Vilma Bánky e Louise Dresser.
Uma czarina russa é apaixonada por um soldado, mas ele a rejeita. Por isso, ela pede a cabeça do rapaz a prêmio. Ao mesmo tempo, ele resolve usar uma máscara e se tornar o Águia, um justiceiro popular no estilo de Robin Hood. Mal sabe ele que sua principal vítima é pai de uma outra jovem por quem está apaixonado.





  
QUEIMADA!




(Queimada!)
Itália/França, 1970, 115 min., 14 anos.
Direção:
Gillo Pontecorvo
Elenco:
Marlon Brando, Renato Salvatori e Evaristo Márquez.
Numa de suas melhores interpretações, Marlon Brando é um agente britânico que insufla a revolta numa colônia portuguesa e depois a esmaga com cinismo. O filme foi proibido durante anos no Brasil.
 

Ingressos:
R$ 18,00 e R$ 9,00 (meia-entrada).
Belas Artes
Rua da Consolação, 2423
Cerqueira César
São Paulo - SP
Tel.: 3258-4092
www.pandorafilmes.com.br

 
 
 
Esta é uma mensagem gerada automaticamente,portanto não pode ser respondida.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Noitao dia 04 de março... Carnaval em luto....

Infelizmente o Belas fechas suas portas, após 68 anos de história, na próxima quinta feira (10), em plena semana de carnaval.

Em nova reunião que o André Sturn teve ontem com os advogados do Flavio Maluf, foi decidido que iria mesmo fechar dia 10.

Está previsto uma nova reunião para sexta (11), quem sabe se prolonga essa data ou finalmente as duas partes se entendam.

Por isso, o noitão foi antecipado para a primeira sexta feira do mês, (04).
Veja programação abaixo, e vamos celebrar esse cinema maravilhoso e torcer para que dê tudo certo.

Quer Belas Artes Aqui... na Consolação, 2423...


   
 Olá, nesta sexta (04/03) tem NOITÃO!

BELAS ARTES

apresenta

Noitão "Mundos Paralelos"
O Noitão de março será antecipado para a primeira semana do mês, e acontecerá nesta sexta, dia quatro, a partir das 23h50.
Para quem prefere os programas mais tranqüilos que a cidade oferece na contramão do Carnaval, o Noitão é uma grande pedida.
A programação, batizada de Mundos Paralelos, reúne cinco filmes com personagens vivenciando experiências em territórios isolados, sejam eles no plano físico ou não. Vamos à seleção, começando pelos dois inéditos: Mistério da Rua 7, de Brad Anderson; Caminho da Liberdade, de Peter Weir; as reprises Os Famosos e os Duendes da Morte, brasileiro, de Esmir Filho; e o francês Eu Me Chamo Elisabeth, de Jean-Pierre Améris; mais o filme-surpresa.
Mistério da Rua 7 é um suspense estrelado por Hayden Christensen, Thandie Newton e John Leguizamo. O diretor é o mesmo de O Operário (aquele com Christian Bale absurdamente magro). A história, ambientada em Detroit, é sobre um apagão que resulta no desaparecimento da população local, da qual só sobraram as roupas e outros bens materiais. Enquanto isso, um pequeno grupo de sobreviventes luta para não ser "engolido" pela escuridão, mantendo-se protegido por pequenos focos de luz artificial. Um verdadeiro terror para quem tem medo do breu.    
Caminho da Liberdade, protagonizado por Colin Farrell e Ed Harris, traz na direção a assinatura do mesmo realizador de grandes sucessos como Sociedade dos Poetas Mortos e O Show de Truman. Neste seu novo trabalho ele nos leva para o ano de 1940, onde acompanhamos a fuga de um grupo de soldados capturados pelo exercito da União Soviética, e mantidos numa prisão na Sibéria. Para escapar, eles terão que traçar um longo e perigoso caminho de pedras, passando pelo deserto de Gobi e pelo Himalaia, até o Tibet, na Índia. Concorreu ao Oscar 2011 de melhor maquiagem.   
Os Famosos e os Duendes da Morte, baseado no livro homônimo de Ismael Caneppele, que também aparece no filme como ator, é sobre a visão particular que dois amigos adolescentes têm das suas vidas e do mundo onde vivem, numa pequena cidade do sul do Brasil. Um deles mantém um relacionamento virtual com uma menina da sua idade e é fã de Bob Dylan.
O jovem diretor, que tem aqui a sua estréia em longa-metragem, ganhou fama instantânea com o curta Tapa na Pantera, um fenômeno de audiência no Youtube, responsável por trazer a grande atriz Maria Alice Vergueiro de volta aos holofotes.   
Eu Me Chamo Elisabeth mostra uma menina de 10 anos que assiste ao discreto desmoronamento do casamento dos pais, e vê a sua única irmã sair de casa para estudar num colégio interno. Solitária e introspectiva, um dia ela conhece alguém que se tornará seu único e melhor amigo. Trata-se de um rapaz que fugiu de uma clínica e foi parar no quintal da pequena Elisabeth. Ao fazer a descoberta, a garota ajuda o fugitivo a se manter escondido numa cabana nos fundos da casa, levando comida e lhe fazendo companhia, sem que ninguém jamais possa saber.
O filme-surpresa, por sua vez, mescla romance e comédia e, por mais que não seja tão conhecido, não decepcionará. Ou seja, uma surpresa em nada óbvia.
Cada espectador só poderá assistir a três filmes, no máximo. Serão feitas seis seqüências diferentes, uma para cada sala, sempre incluindo pelo menos um dos filmes inéditos. No ato da compra do ingresso cada um escolhe a sua combinação.
Para completar o programa, nos intervalos entre as sessões os todos participam de sorteios de brindes (camisetas, filmes em DVD, etc.).
Ao final da última sessão, por volta das seis da manhã do sábado, o cinema oferece um gostoso café da manhã para os "sobreviventes" da maratona.

Trailers:
Mistério da Rua 7
Caminho da Liberdade
Os Famosos e os Duendes da Morte
Eu Me Chamo Elisabeth

 
 
 
 
   
 
MISTÉRIO DA RUA 7
(Vanishing on 7th Street)
EUA, 2010, cor, 91 min., 14 anos.
Direção:
Brad Anderson
Elenco:
Hayden Christensen, Thandie Newton e John Leguizamo.

Quando um apagão mergulha Detroit na escuridão total, só resta um pequeno grupo de pessoas. A população da cidade desapareceu no ar, deixando para trás roupas e carros abandonados. Logo, a luz do dia começa a desaparecer completamente. Reunidos em uma taberna abandonada, os sobreviventes percebem que a escuridão está do lado de fora para pegá-los e, apenas as fontes de luz podem mantê-los seguros.
 
 CAMINHO DA LIBERDADE
(The Way Back)
EUA, 2010, cor, 133 min., 14 anos.
Direção:
Peter Weir
Elenco:
Colin Farrell, Dejan Angelov e Ed Harris.

A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, em 1940, e segue um grupo de soldados prisioneiros que tenta escapar de um campo de trabalho na Sibéria, viajando por uma terra perigosa e desconhecida, passando por desertos e florestas, rumo a India e a liberdade.
Concorreu ao Oscar 2011 na categoria de melhor maquiagem.
 
   
 
OS FAMOSOS E OS DUENDES DA MORTEBrasil, 2009, cor, 103 min., 14 anos.
Direção:
Esmir Filho
Elenco:
Henrique Larré, Ismael Caneppele e Tuane Eggers.
   
Um garoto de 16 anos, fã de Bob Dylan, tem acesso ao restante do mundo apenas por meio da internet, enquanto vê os dias passarem em uma pequena cidade rural de colonização alemã, no sul do Brasil. Mas uma figura misteriosa o faz mergulhar em lembranças e num mundo além da realidade.
Melhor Filme (Júri e Crítica Internacional) do Festival do Rio 2009.
  
EU ME CHAMO ELISABETH
(Je M'Appelle Elisabeth)
França, 2006, cor, 90 min., 14 anos.
Direção:
Jean-Pierre Améris
Elenco:
Alba Gaïa Kraghede Bellugi, Stéphane Freiss e Maria de Medeiros.

Elisabeth é uma menina de 10 anos que vive com os pais, que estão em processo de separação, e com sua irmã mais velha, que está prestes a partir para estudar. Há também uma empregada, que quase não fala. Elisabeth sente-se solitária até conhecer um jovem, que surge em seu quintal. Ele está fugindo de uma clínica e recebe a ajuda da garota, que o esconde numa cabana nos fundos de sua casa. A partir de então ela passa a protegê-lo e a tratá-lo como confidente e seu melhor amigo.
  
 
 
 



NOITÃO "MUNDOS PARALELOS", NO BELAS ARTES
Sexta-feira, 04 de março, a partir das 23h50.
Ingressos: R$ 20,00 (estudantes e idosos pagam meia-entrada), à venda a partir das 14h da quarta-feira (antevéspera do evento).
Para sua maior comodidade, adquira seu ingresso pela internet: www.ingresso.com.br

Belas Artes
Rua da Consolação, 2423
Tel.: 3258-4092
 
 
 
 
Esta é uma mensagem gerada automaticamente,portanto não pode ser respondida.