Do R7
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A votação sobre o tombamento do cinema Belas Artes, na região central de São Paulo, foi adiado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo). O assunto foi discutido em reunião do órgão nesta terça-feira (10). O estudo técnico sobre o caso já foi concluído e membros do conselho avaliarão agora a possibilidade de votar pelo tombamento.
O cinema encerrou suas atividades dia 17 de março deste ano, depois de uma longa negociação entre o dono do imóvel e o sócio-proprietário do Cine Belas Artes, André Sturm. Em fevereiro, Sturm chegou a apresentar uma nova proposta para o valor pago como aluguel, mas o dono do imóvel não aceitou. O possível tombamento do local refere-se apenas à estrutura física do edifício. O uso do imóvel fica a critério do dono. O advogado do proprietário, Fábio Luchesi Filho, declarou à imprensa não acreditar que o imóvel seja tombado.
Manifestação
No dia 18 de março, um dia após o fechamento do cinema, fãs do Belas Artes não se contentaram em se despedir com a sessão de clássicos exibida na noite de quinta-feira e acamparam no local em protesto ao fechamento. Eles pediram pelo tombamento e para que o proprietário do imóvel alugado pela Pandora Filmes, administradora do cinema, renove o contrato de locação.
Aluguel
O espaço ameaçou fechar em março do ano passado, quando perdeu o patrocínio do HSBC. A produtora e amigos do Belas Artes fizeram campanhas, abaixo-assinados e saíram em busca de um novo patrocinador.
Ele apareceu em novembro, mas quando o proprietário do imóvel foi procurado para que fosse feita a renovação do aluguel, veio a surpresa. O contrato foi cancelado e o local passaria a ser alugado por uma loja.
O contrato de aluguel do prédio acabou no final de fevereiro. Desde então, o funcionamento vem sido estendido por pequenos períodos em sucessivas negociações. No último acordo, ficou combinado que o cinema manteria as portas abertas até esta quinta-feira.
Para renovar o contrato, o dono do imóvel pediu que o cinema pagasse um aluguel de R$ 150 mil. O valor cobrado até fevereiro era de R$ 60 mil. A administração do Belas Artes chegou a propor um aumento para R$ 85 mil, mas o proprietário do prédio não aceitou.
Sessão especial
O último dia de funcionamento do Belas Artes contou com uma programação especial de despedida. Foram exibidos seis filmes clássicos entre as 20h30 e as 21h30: No Tempo do Onça, O Águia, A Doce Vida, O Leopardo, Queimada e O Joelho de Clair.
Relembre o caso:
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